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Apr
19

Investir em talento: Frederico Felicidade

Posted by Fernando Colaco on April 19th, 2012 at 7:28 pm

Quero partilhar aqui uma pequena história sobre uma das coisas mais gratificantes que fiz ao longo dos últimos anos. Sempre tive esta idéia algures na minha cabeça, mas só consegui avançar com ela depois de decidir tornar-me nómada-fiscal. Desde o início, decidi que o dinheiro que iria desaparecer de outra forma em impostos, seria redirecionado para algo mais útil do que pagar as férias aos políticos, os seus carros de luxo e respectivos motoristas. Depois de me tornar livre de impostos em Julho do ano passado, decidi imediatamente criar um fundo para algo que sempre quis fazer: investir em talento que ocasionalmente encontro, pessoas genuinamente interessadas em assuntos criativos e tecnológicos, mas sem os recursos ou as melhores condições para perseguir essa paixão. Patrocinar e apoiar estes potenciais talentos para frequentar workshops, conferências, adquirir livros, e talvez um portátil ocasional se houver esforço suficiente e motivação, é decerto mais gratificante que alimentar os habituais políticos, certo? E acaba por ser menos comodista do que apenas transferir dinheiro para alguma conta bancária para doação a esta ou outra causa (tão nobre quanto isso possa ser, às vezes acaba desviada ou mal gerida, pelo menos).

Para encurtar a história, alguém em quem eu tenho estado a apostar e a investir algum tempo durante os últimos meses a ensinar e orientar, com 17 anos, acaba de lançar Squatrix, o seu primeiro jogo para telemóveis e tablets: conceito, idéias, design e programação da sua autoria … sem qualquer conhecimento prévio de programação antes de tudo isto começar (apenas 7 meses atrás). E eu tenho que dizer que estou absurdamente orgulhoso dele neste momento!

APRESENTANDO O FRED …

Em Outubro do ano passado, decidi realizar um workshop para os estudantes da terra onde nasci, na escola secundária onde estudei (“alguns” anos desde a última vez que lá estive). Além de alunos do 10° ano, estavam também alguns designers, estudantes universitários e professores. O meu workshop tem como audiência principal pessoas sem experiência em programação, mas curiosas e interessadas em aprender as bases, em um dia. Neste caso, tinham dois dias extras com matéria adicional mais avançada, para depois de todos aprenderem conceitos básicos através da construção de um jogo nesse primeiro dia. Estavam no workshop bastantes alunos do 10º ano, mas era bastante claro que a maioria deles apareceu naquela Sexta-feira para ter um dia de folga das aulas. Apenas alguns deles pareciam genuinamente interessados, mas um acabou por captar a minha atenção muito rapidamente. O nome dele: Frederico Felicidade (provavelmente vão ouvir falar mais dele em breve, de qualquer forma). Além de terminar os desafios mais rapidamente do que todos os outros, já estava a ajudar alguns colegas a corrigir os seus erros e “bugs” antes de eu terminar a minha ronda por todos, mas o mais importante para mim, já estava a explorar e a brincar com alterações do código dos programas, para ver o que acontecia. Eu prestei atenção a tudo isto e a meio do dia, acabei por perguntar a um dos professores se os alunos já tinham aulas de programação no curso de Multimédia. Para minha surpresa, era realmente o primeiro contacto dele com programação (e vim a saber recentemente que ele nem tinha a certeza do que o workshop ia ser), o que me deixou ainda mais alerta. Tímido por natureza, não se manifestou muito sobre o que estava a acontecer, mas eu mantive-me de olho em tudo. Sábado e Domingo, o workshop foi frequentado principalmente por professores, estudantes universitários, profissionais e apenas alguns estudantes, Não estava à espera de muitos estudantes a passar o fim de semana inteiro das 9h da manhã até quase às 8h da noite, mas, para minha surpresa, ele acabou por aparecer para estes dois dias avançados do workshop. Finalmente tive oportunidade de conversar um pouco com ele e acabou por mostrar como estava interessado nesta novidade da programação. Logo após o workshop, e nos poucos dias extras em que fiquei pelo Alentejo, tive a oportunidade de falar com ele ocasionalmente e notar que o nível de motivação se mantinha. Como eu estava a começar a planear minha mudança para a minha vida nómada, ele herdou imediatamente a minha colecção inteira de livros técnicos (pesados), que não são muito práticos para viajar, pelo menos.

PERSPECTIVA

Eu estava disparatadamente ocupado nessa altura, a preparar as malas para deixar a Suiça e toda a confusão envolvida com esta iniciativa de me tornar nómada, mas sempre mantive contacto, e ele continuou entusiasmado, o que me fez começar a pensar noutras formas de contribuir e não perder o ritmo. A oportunidade seguinte foi no início de Dezembro, pois ia estar por pouco tempo em Portugal como um dos oradores da conferência Flash Camp em Lisboa. Uma coisa de que me lembro ter mudado a minha perspectiva completamente, foi quando comecei a frequentar conferências, e como me inspirei depois de ver o que outros profissionais faziam e como derrubavam os limites, e esse ponto foi muito importante na minha carreira. Então, um dia quando lhe estava a ensinar algo num dos cafés (que uso como “escritório”) em Castro Verde, antes de ir para Lisboa, tive a idéia (na véspera) de levá-lo à conferência. Arriscando a família achar a idéia um pouco estranha, pedi-lhe para ver com a tia (que o criou e é responsável por dele) se o autorizava a ir, e para ela me contactar, para me conhecer e falarmos sobre o assunto. Curiosamente, ela nem sabia bem o que se passava, e do talento para a programação que ali se escondia (novamente, relembro que ele é muito humilde, e há alguns meses atrás, era 10 vezes mais tímido do que é agora). Estava tudo em ordem e ele apanhou o autocarro para Lisboa onde nos encontámos, pois eu tinha de lá estar no dia anterior. Fiquei muito contente, pois infelizmente posso dizer que a maioria das pessoas na nossa terreola têm as mentes muito fechadas, e num caso como este, seria mais comum para a própria família nem acreditar que isto valeria a pena ou que seria mesmo útil para ele, muito menos acreditar no potencial talento. Mas, como tem sido até agora, ele tem tido todo o apoio neste assunto, e eu fico muito contente por isso. Caso contrário, podia ter tudo ficado por ali.

COMUNIDADE GEEK

Em Lisboa, chegou na noite antes da conferência e eu fui esperá-lo ao autocarro. De seguida levei-0 a conhecer os outros oradores e o habitual grupo de criativos/programadores. Mesmo com sua natureza tímida, acabou por ficar suficientemente confortável com o grupo. Depois de lhe dizer  quem eles eram e o que faziam, ele ficou ainda mais impressionado, especialmente como todos eram acessíveis e “normais”, mesmo os artistas de renome internacionais. Esta é uma das coisas que eu realmente aprecio na comunidade de programadores: não há muita atitude “rock star” de superioridade e é mais importante a partilha de conhecimento e inspirar os outros. Depois do jantar e algum tempo nos bares, onde fiz questão dele se integrar sempre com o grupo, mostrei-lhe alguns dos trabalhos do Joshua Davis, que o impressionou muito (arte generativa foi o tema no segundo dia do meu workshop e lembro-me que ele ficou muito curioso). No dia seguinte, durante a conferência, ele ficou ainda mais impressionado com o que foi mostrado nas sessões apresentadas. Exactamente o que eu esperava. Essa mudança de perspectiva que mostra o que realmente está a acontecer, e até onde podemos chegar. A sessão do Tom Krcha sobre o futuro dos jogos em Flash, com todas as demonstrações e exemplos, também o deixaram sintonizado, o que achei interessante, sendo mais ou menos os mesmos assuntos que agarram minha atenção (o desenvolvimento de jogos tem sido a minha direcção de carreira durante o último par de anos). Depois da conferência, e de volta ao Alentejo, fiquei muito feliz quando soube pela tia no dia seguinte ao telefone, que ele lhe disse num tom bastante firme: “É isto que eu quero fazer de agora em diante!”.

PERSPECTIVA … MAIS UMA VEZ

Após esta primeira mudança de perspectiva, ficou bastante claro para mim que eu tinha de mostrar-lhe algumas conferências internacionais e mais artistas e o seu trabalho. Daqui em diante, comecei a ficar mais activo nesta coisa de “investir em talento”, e em ensinar-lhe quanto podia. Reservei algum tempo para lhe ensinar mais programação em Flash/Flex/AS3 antes de sair de Portugal e voltar à Suíça, desta vez para me mudar para o meio dos Alpes. Já me tinha ocorrido que uma boa oportunidade seria a gotoAndSki, a conferência que organizo anualmente nos Alpes Suíços, no final de Janeiro. Depois de já estar a viver nos Alpes, entrei em contacto com ele e a família e, novamente, estava tudo bem, mais uma vez, e o Fred estava autorizado. Devo relembrar que ele tinha apenas 16 anos. Poucos meses depois (e várias horas de aulas semanais à distância via Skype), o Fred estava nos Alpes para sua primeira conferência internacional. Isto era também, na verdade, ainda melhor para suas habilidades de comunicação, e também praticar Inglês, já que a escola dele teve a “brilhante” idéia de eliminar das aulas de Inglês um grupo de alunos e colocá-los em aulas de Francês… num curso de Multimédia, onde os programas que usam, os livros técnicos e a maior parte da documentação e informação que podem encontrar na Internet está obviamente em Inglês! (Este assunto absurdo vai alimentar um futuro artigo possivelmente, pois não estou muito de acordo com o conceito de escolas a sabotar a carreira dos estudantes e a brincar com o tempo deles e o investimento dos pais). Este foi o seu primeiro contacto fora do país com profissionais com carreiras sólidas neste ramo, não somente os oradores, mas os participantes também. E ainda teve a sorte de aprender a praticar snowboard com meu colega Jens Brynildsen. O auge do interesse do Fred foi durante a sessão do Eugene Zatepyakin sobre visão computacional e detecção de características em imagens, mais uma vez, o tipo de coisas que me interessam a mim também. Tudo correu bem novamente, e sua “curiosidade geek” ficou ainda mais activa após este evento. Tudo isto começou ser muito gratificante para mim. Novamente, cada tempo livre que tínhamos, aproveitava para lhe ensinar mais umas coisas.

PRIMEIRO PROJECTO SÉRIO

Quando me mudei para a Holanda, já tinha em mente levá-lo ao FITC Amsterdam, a minha conferência de grande escala preferida na Europa. Comecei a conversar com ele e a tia sobre isso logo após os alpes. Ainda correu melhor do que o planeado pois tive a oportunidade de lhe conseguir um estágio remunerado num dos projectos de um cliente meu, assim como o seu primeiro trabalho sozinho, construir o primeiro website simples para outro cliente (usando HTML/CSS) . Além disso, acabou ainda por nos ajudar no projecto CoderGang: foi o operador de câmara oficial no FITC para todas as entrevistas. Na verdade, o Fred faz agora parte da equipa oficial, e é o responsável pela pós-produção video também (além de programação, acabou também por ter bastantes aulas comigo de matérias complementares, como Adobe Premiere, Photoshop e Illustrator). Acabou por ficar em Amsterdão durante 2 semanas para este estágio/aprendizagem. Além dos 2 dias da conferência e o do seu (17°) aniversário, que foram basicamente os únicos dias de folga, todos os dias foram preenchidos por aulas (em ritmo turbo), bem como a trabalhar intensivamente nas partes do projecto que lhe foi atribuído, com algum tempo ocasional para explorar a cidade no final do dia (e deve estar a sentir falta da bicicleta). Claro que acabou por ter a introdução ao meu “escritório mundial”: trabalhar a partir do Starbucks e locais semelhantes, o que acabou por gostar bastante. Estou contente também por ele ter tido a oportunidade de usufruir de (disparatadamente) melhores (e realistas) taxas de remuneração do que iria receber em Portugal pelo o mesmo trabalho. Infelizmente, quando regressou a Portugal, a escola não achou que isto tenha sido um benefício para a sua carreira, conhecimento e experiência, e nem se incomodou em ouvir sobre o que ele aprendeu (mas eu nem me quero chatear agora com este assunto… por enquanto). Infelizmente, não posso levá-lo comigo à minha próxima conferência “essencial”europeia, Beyond Tellerand Play em Colónia/Alemanha, para a semana que vem, onde ele iria ficar ainda mais inspirado com todo o conteúdo excelente das sessões todos os anos.

+ RESULTADOS IMPRESSIONANTES… E UM JOGO

Depois de Amesterdão, para compensar os dias de aula que perdeu, e que não foram cobertos por fins de semana ou feriados, a escola “ofereceu-lhe” um conjunto de coisas para fazer durante as férias da Páscoa, caso contrário iria reprovar os 3 anos do curso de Multimédia , uma vez que o estágio não foi reconhecido. Isto acabou por não ser grande coisa para ele (além de lhe roubar as férias), considerando que esteve a trabalhar em coisas muito mais avançadas, alguns dias antes. Eu vi a lista de tarefas, o que confesso que foi bastante injusta, e acabei por lhe ensinar mais algumas coisas durante as nossas habituais aulas via Skype, geralmente duas vezes por semana ou mais. Neste caso, tive de rever coisas que não uso há quase 10 anos, mas que ele precisava para este teste/castigo. Também vi os resultados no final e ele conseguiu fazer um excelente trabalho, que mais uma vez, não foram uma surpresa para mim. Agora voltando atrás algumas semanas, enquanto ele ainda estava em Amsterdão, desafiei-o um dia a pensar e chegar a um conceito e idéias para um jogo simples, o que seria um bom projecto para ele começar sozinho. Uma noite num bar, ele disse que já tinha uma idéia. Levei algum um tempo a convencê-lo a partilhar a idéia (menos tímido e reservado, mas ainda bastante tímido por esta altura), e quando o fez, para mim foi mais um daqueles momentos gratificantes: além de capacidades técnicas, vi que tinha também bastante criatividade. Começou a construir esse mesmo jogo mal estava de volta a Portugal, lentamente, com o que aprendeu noutros projectos, bem como nas aulas via Skype que ensinei mais tarde, pois é ele que decide no que está mais interessado em aprender a seguir. Confesso que sou bastante exigente e nunca lhe facilito muito as coisas, forçando-o a tentar pesquisar por ele, e atiro sempre novos desafios. Os primeiros resultados, acabei por vê-los ontem, pois o seu primeiro jogo estava finalmente pronto: Squatrix está agora à espera de aprovação acabou de ser aprovado e já está disponível para a tablet PlayBook no BlackBerry App World (iOS e Android e versões do Facebook vêm de seguida), e eu tenho a certeza de que vai ter sucesso. Um jogo e conceito simples de quebra-cabeças/casual, mas eu próprio fiquei viciado quando o testei e só parei no nível 41 (porque perdi) depois de várias tentativas.

ATENÇÃO: TALENTO A CAMINHO!

Estou muito orgulhoso dele por tudo isto e estou muito feliz por encontrar este talento por acaso, na minha localidade, e pelo que fui capaz de ajudar até aqui em dar um empurrãozinho na direcção certa. Como já disse, esta tem sido uma experiência muito gratificante, e vai continuar com certeza, pois quero progredir ainda mais. Além do Fred ter muito a aprender a partir daqui, há bastante talento por aí, mas infelizmente poucas pessoas interessadas em investir em talento, a menos que possam aproveitar-se e lucrar com isso. Recomendo e desafio então todos os profissionais com uma carreira sólida a detectar algum talento com necessidade de um pequeno empurrão, que estou certo que já aconteceu a qualquer profissional em qualquer ramo. Desafio a dar o pequeno passo extra de ajudar e pegar em alguém para avançar na direcção certa. Mesmo uma quantidade mínima de esforço, posso garantir que será enormemente satisfatória depois dos primeiros resultados. Como o John Dalziel disse durante a conferência em Amsterdão, numa noite no pub enquanto falávamos sobre o caso do Frederico, “deve ser uma sensação parecida à da jardinagem“. Apesar de realmente não me inclinar para tais actividades, e provavelmente iria ser uma desgraça a cuidar de um jardim, concordo plenamente que é realmente uma boa maneira de descrever tudo isto. Vou ficar em Amsterdão durante mais um mês, mas depois estarei 2 meses no Alentejo antes de seguir para uma tour do meu workshop por 12 cidades Europeias, antes de me mudar para a Ásia. Durante esses 2 meses no Sul de Portugal para ver os meus pais e os poucos mas bons amigos que tenho por ali, estou realmente ansioso para passar mais tempo a ensinar ao Fred muito mais. E já tenho parte de outro projecto para partilhar com ele como parte da sua aprendizagem, passando assim parte das férias ocupado, mas ele parece estar satisfeito com isso. A nossa terreola só tem o pequeno (grande) problema de ser pequena o suficiente para que as pessoas sem vida própria tentem arrastar todas as outras, especialmente quando se apercebem de alguém a libertar-se do conformismo e a começar a progredir na carreira (pior ainda se começar a brilhar, como vai acontecer ao Fred de certeza absoluta). Dito isto, estou contente que Fred também se tenha apercebido que a carreira dele será completamente diferente se ele permanece por lá, ou mesmo em Portugal (lá vem novamente a perspectiva, e como ela muda a nossa forma de ver tudo). Neste caso, acho que será normal vê-lo daqui a pouco tempo a derrubar fronteiras e a levar as capacidades dele onde for preciso.

Confesso que estou realmente impressionado com a quantidade de assuntos complexos que ele aprendeu num curto espaço de tempo, e estou bastante curioso para ver onde tudo isto se está a dirigir!

Parabéns por até onde conseguiste chegar até aqui, Fred. Muito bem, meu amigo, e obrigado por todos os teus esforços. Não tenho a menor dúvida de que vais brilhar em breve no campo criativo/técnico!

Durante a aprendizagem em curso do Fred, ele vai estar também a aceitar alguns projetos sob a minha supervisão. Ele está a terminar o site dele neste momento, e vou ter mais detalhes (e o endereço) acerca disso em breve, mas devo avisar já os inevitáveis oportunistas que, além de assuntos técnicos, também estou a ensinar-lhe como construir uma carreira de freelancer, incluindo o importante capítulo “como identificar e fugir dos habituais clientes rip-off”.

ACTUALIZAÇÃO: Tenho o orgulho de anunciar que o Fred vai estar a trabalhar comigo durante a tour Europeia do meu workshop este verão.

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6 Responses to Investir em talento: Frederico Felicidade

  1.  

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  2. Alexandre |

    É filho das pessoas erradas!
    Se fosse filho de uma Pipi, Tété ou Cócó qualquer, talvez na escola promovessem iniciativas nesse sentido…
    Se fosse agricultor, talvez o Estado ou autarquia local, financiasse a formação e apostava nesse talento…
    Assim prevalece a música do Pedro Abrunhosa, no que toca à decisão do estágio ser válido ou não!…. O que vamos fazer com este miúdo dotado de capacidades acima das nossas, assim como, ferramentas mais avançadas ?… “Talvez Fo*#%@…”

  3. Pingback: Investir em talento | PDL - Puta da Loucura

  4. ines vendas |

    Se tu estás orgulhoso do Fred,eu estou orgulhosa de ti!!! Continuas a ser o mesmo ser humano simples e generoso que conheço há tantos anos! Altamente capacitado para desenvolver grandes projectos, este será apenas um de muitos!! Desejo-te toda a sorte do mundo para continuares a brindar-nos com a tua criatividade e humildade. Sei que vais usar o teu talento extraordinário para fazer brilhar outros que o mereçam! A tua luz é única. Só pode contribuir para o benefício de futuros aprendizes de Pardelha!!!!! Luv U!!

  5. Lucinda Simões |

    O sistema educativo português é retrógado e incapaz de reconhecer a aprendizagem fora de modelos formais e, pior do que isso, não dá autonomia às escolas para gerirem este tipo de situações, quando tanto se fala na diferenciação pedagógica… Depois, para tentarem regular o insucesso e o abandono escolar criam cursos de “novas oportunidades” que, na sua maioria, circulam à volta da mediocridade.
    Dou os meus parabéns à equipa Fernando e Frederico, mais uma vez a motivação e a determinação vence barreiras!

  6. Sérgio marinho |

    Fico muito feliz por saber que ainda existem boas histórias como esta, e por saber que nela estão boas pessoas.
    Abraço